Como são classificados os grupos de tensão
Ao olhar a sua fatura de energia você já deve ter visto alguns termos que classificam a Unidade Consumidora da sua empresa. Normalmente, eles não são explicados no documento. Isso é o que acontece com os grupos de tensão ou grupos tarifários que, na maioria das vezes, o consumidor não faz ideia do que são, muito menos sabe se está enquadrado naquele que gera mais economia de energia.
Quer saber como são classificados os grupos de tensão? Continue lendo e confira todas as curiosidades que nós da IMS Power Quality separamos para você.
Saiba o que são e como são classificados os grupos de tensão
Conhecidos como classificações fixas das unidades consumidoras que servem para separar e organizar os consumidores de acordo com a tensão utilizada. Com isso, você tem um melhor ajuste dos preços aos perfis de consumo dos contratantes.
Além disso, essa divisão costuma ser feita a partir de dois grandes grupos: grupo A e grupo B, que dividem os consumidores de acordo com a tensão de fornecimento e oferecem propostas e tarifas personalizadas para cada classificação.
O grupo tarifário A
Pertencem a esse grupo as unidades consumidoras com fornecimento igual ou maior que 2,3 kV, ou aquelas atendidas por um sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária (tensões que são inferiores à 2,3 kV).
Além disso, é característico desse grupo a tarifa binômia, isto é, é necessário que os contratantes determinem qual será a potência de sua unidade consumidora, além de contratar o valor de demanda referente. Dessa forma, isso irá ajudar a distribuidora a garantir o preparo do sistema, além de atender todos os consumidores.
Ainda é importante lembrar que a demanda contratada deve ser pelo menos de 30 kW, pago integralmente o valor contratado, mesmo não usando toda a capacidade. Caso o valor contratado ultrapasse em 5% será adicionada à conta uma multa.
Conheça os subgrupos
No grupo A, ainda existem outras classificações conhecidas como subgrupos A1, A2, A3 que formam os consumidores de alta tensão. Além dos subgrupos A3a e A4, que são os consumidores de média tensão. Além disso, ainda existe o subgrupo AS formado pelos consumidores com sistema subterrâneo de distribuição.
- A1: tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
- A2: tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
- A3: tensão de fornecimento de 69 Kv;
- A3a: tensão de fornecimento de 30 kV a 44kV;
- A4: tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;
- AS: tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir do sistema subterrâneo de distribuição.
As modalidades tarifárias
Para entender as modalidades tarifárias, é necessário primeiramente compreender o que é o horário de ponta e o horário fora de ponta.
Esses períodos definidos pelas distribuidoras, consideram a carga de seus sistemas, e posteriormente aprovados pela ANEEL. Através disso, o horário ponta é constituído de 3 horas diárias seguidas (onde a tarifa costuma é mais cara), exceto aos sábados, domingos e feriados. Já o horário fora de ponta é o período das 21 horas complementares ao horário de ponta, ou seja, as horas restantes do dia.
Ou seja, o objetivo dessa diferença de tarifas é diminuir a demanda e não sobrecarregar o sistema no horário de ponta, que é comumente conhecido como “horário de pico”.
As modalidades tarifárias ainda são divididas como horária azul e horária verde.
Horária azul
Sendo obrigatória às unidades consumidoras A1, A2 e A3, e opcional aos subgrupos A restantes. Além disso, ela é caracterizada pelas diferentes tarifas de demanda de potência e de consumo de energia para os horários de ponta e fora de ponta.
Horária verde
Já a modalidade verde está disponível apenas para as unidades consumidoras A3a, A4 e AS. Além disso, sua característica é possuir apenas uma tarifa de demanda, mas tarifas diferentes de consumo de energia para os horários de ponta e fora de ponta.
Qual das duas é a melhor opção
O que torna diferente as duas opções é que na tarifa verde você contrata apenas um valor de demanda, já na tarifa azul você contrata dois, ou seja, um para o horário de ponta e um para o horário fora de ponta.
Além disso, a tarifa azul possui custos menores no consumo de energia no horário de ponta. Por isso, é a melhor escolha para quem não consegue evitar o alto consumo de energia nesse período.
Dessa forma, para avaliar a melhor opção, é necessário considerar qual é a demanda ideal e como o consumo está dividido nos períodos do dia.
O grupo tarifário B
O grupo tarifário B é composto pelas unidades consumidoras com tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV.
Além disso, a classificação para esse grupo é monômia. Isto é, os consumidores possuem tarifas aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica, não necessitando contratar o valor de demanda. Porém, isso não significa que não paguem pela infraestrutura da rede de distribuição.
Ou seja, existe o “custo de disponibilidade”, que é o custo fixo que é pago caso o consumidor não atinja um consumo mínimo. Isso costuma variar de acordo com a ligação da unidade consumidora com a rede de distribuição.
Conheça os subgrupos
Da mesma maneira que no grupo A, as unidades consumidoras do grupo B também possuem duas divisões e classificações:
- B1: classe residencial;
- B2: classe rural;
- B3: demais classes;
- B4: iluminação pública.
Cada um desses subgrupos divididos, adequando melhor as tarifações aos consumidores.
Além disso, o subgrupo B1 que contém a classe residencial, possui classificação para unidades consumidoras de baixa renda.
Logo após, o B2 possui classificações residencial rural, cooperativa de eletrificação rural, que é quando as cargas se destinam ao desenvolvimento de atividades rurais, além do serviço público de irrigação.
Já o B3 é destinado para o saneamento, além de conter pequenos comércios e pequenas indústrias.
Por fim, o subgrupo B4 está conforme as responsabilidades da prefeitura e da distribuidora.
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